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quarta-feira, 10 de março de 2010

Após destruição de delegacia, Tracuateua recebe reforço policial

Uma equipe de policiais civis da Delegacia do Interior segue, na manhã desta terça-feira (9) para Tracuateua, no nordeste paraense, para reforçar as investigações do episódio de destruição da delegacia do município, ocorrida ontem depois do assassinato de uma mulher. Revoltada a população apedrejou e ateou fogo no prédio em busca do homicida, mas ele estava preso em Bragança. Duas pessoas morreram e três policiais ficaram feridos.

Em Tracuateua, o delegado Miguel Cunha, diretor de polícia do interior, vai reunir com o delegado do município e com o superintendente da Polícia Civil de Bragança para fazer um levantamento da situação. 'Ele vai checar se houve prisão de mais algum envolvido ou se alguém foi identificado como estando à frente do movimento', informou o delegado geral de Polícia Civil, Raimundo Benassuly.

Ainda segundo ele, a preocupação é com o enterro dos mortos no confronto entre a polícia e os manifestantes. 'Hoje devem ser sepultados os manifestantes que morreram no confronto e queremos evitar novos protestos', comenta. Outra preocupação da polícia é com o local do sepultamento, já que o cemitério do município fica ao lado do prédio da delegacia.

Os corpos dos dois mortos, com idades entre 21 e 23 anos, foram levados para o IML (Instituto Médico Legal) de Castanhal, na madrugada desta terça-feira (9). Ambos morreram com tiros na cabeça.

Segundo informou a assessoria de imprensa do Instituto Médico Legal, os corpos de Isaías da Costa Felipe e Jedeone Furtado Procópio passam por necropsia na manhã de hoje e devem ser liberados em seguida para a família.

Uma perita do Centro de Perícia Científicas Renato Chaves de Belém seguirá para Tracuateua, hoje à tarde para fazer o exame de lesão corporal nos oficiais feridos.

O núcleo do IML de Bragança ficou responsável em fazer a remoção dos corpos e a perícia de local de crime, de danos ao patrimônio e de danos ao veículo.

A delegacia foi completamente destruída pelos manifestantes em cerca de quatro horas de confronto entre a tarde e o início da noite de segunda-feira (9). O prédio foi apedrejado e incendiado. Segundo informou a polícia, quatro presos que estavam na área carcerária tiveram que ser libertados para não morrerem queimados.
fonte: ORM