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quarta-feira, 9 de junho de 2010

Alcoolismo atinge 10% da população paraense


Cerca de cinco mil pessoas no Pará tentam se livrar do vício do álcool
Atualmente, em todo o Estado do Pará, existem cerca de cinco mil pessoas que tentam se livrar do vício do álcool. Mas o número de pessoas que ainda não procuraram nenhum tipo de ajuda para deixar o alcoolismo de lado é bem maior. Dados dos Alcoólicos Anônimos (A.A.) do Pará revelam que 10% da população paraense são alcoólatras. “A maior dificuldade é reconhecer a doença. Muita gente tem a ilusão de que pode conseguir parar de beber na hora que quiser”, explica E.W, um dos integrantes do AA. 
Ele afirma que o alcoolismo não tem cura, porém, o tratamento feito no A.A ajuda na recuperação da pessoa. No programa de recuperação do A.A. existem Doze Passos (ver quadro) que devem ser seguidos pelos membros. 
Durante o tratamento, os dependentes ajudam-se mutuamente compartilhando entre si uma gama de experiências semelhantes em sofrimento e recuperação. “É sempre um ajudando o outro”. 
No Pará, existem dois centros do A.A., um em Belém e outro em Santarém. Para iniciar o tratamento nesses locais, não é preciso dinheiro, pois o trabalho é voluntario, o único requerimento pra participar do grupo é ter o desejo de parar de beber.
E foi justamente por ter essa vontade, que o hoteleiro J.T., 61 anos, conseguiu largar o vício. Ele foi alcoólatra dos 13 aos 39 anos. Aos 40, decidiu que queria parar de beber e iniciou um tratamento com um psiquiatra, vivia à base de medicamentos fortes e mesmo assim, sempre que via uma bebida alcoólica, não resistia e bebia. 
“Eu já estava ficando louco. O alcoolismo é uma loucura”. O tormento de J.T. só acabou quando sua esposa ligou para o A.A. e pediu ajuda. “Dois integrantes do A.A. foram até a minha casa numa segunda-feira de carnaval e me ofereceram uma vida nova. Eles me salvaram”, relembra o homem. 

COMO AJUDAR?
Para as pessoas que têm algum parente, ou amigo, que precisa ser ajudado, é só entrar em contato com o A.A. “O alcoólatra não precisa ir até a sede, nós vamos buscá-lo onde ele estiver, porque queremos ajudá-lo”, diz E.W. 
Ele garante que a identidade de todos que procurarem a associação será mantida em total sigilo. “O princípio do anonimato é um aspecto fundamental no modelo terapêutico do A.A.”, explica