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quinta-feira, 24 de junho de 2010

Governo garante ajuda "sem limite" para estados afetados por chuvas

Rio de Janeiro, 24 jun (EFE).- O Governo se comprometeu hoje a ajudar "sem limites" as cidades de Pernambuco e Alagoas devastadas pelas chuvas e pelas enchentes dos últimos dias, que já deixaram 46 mortos e fizeram com que 200 mil pessoas tivessem que deixar suas casas.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumiu o compromisso "político, humano e moral" de ajudar as pessoas que vivem na região, em entrevista coletiva em Recife, depois de visitar as zonas mais afetadas.
Lula anunciou que seu gabinete disponibilizou R$ 550 milhões em ajudas, um valor cinco vezes superior ao inicialmente prometido.
Segundo as autoridades, os recursos já foram distribuídos em partes iguais entre os dois estados.
"O que vimos na rua é muito diferente do que aparece na televisão ou no jornal", descreveu o presidente, depois de sobrevoar os municípios mais castigados, alguns dos quais ainda estão parcialmente inundados, submersos em um emaranhado de escombros e lama e sem água potável e energia elétrica.
O presidente também pediu empenho aos prefeitos e governadores para a reconstrução dos municípios afetados e anunciou que não permitirá que se volte a construir em áreas expostas a inundações.
"Foi irresponsável no passado ter deixado as pessoas morarem à beira do rio e será muito mais irresponsável deixá-las voltar", afirmou.
As chuvas que castigam a região desde a quinta-feira passada produziram enchentes históricas de vários rios, que destruíram pontes, casas e prédios públicos.
Em Pernambuco, nove municípios continuam em estado de calamidade pública e outros 30 em situação de emergência.
As autoridades do município de Branquinha, em Alagoas, chegaram a analisar a possibilidade de transferir as pessoas para outro local.
As Defesas Civis dos estados reduziram hoje de forma drástica sua contabilização de desaparecidos, de 607 para 135, depois de terem encontrado muitos moradores de comunidades rurais localizadas em lugares de difícil acesso e dos quais não se tinha notícia até agora.
Alguns deles se salvaram das enchentes em cima de árvores durante cerca de 18 horas, segundo as autoridades.
O Ministério da Justiça anunciou hoje o envio imediato a Alagoas de 37 bombeiros treinados para resgatar vítimas em águas turvas.
Além disso, foram desdobrados 40 policiais da Força Nacional de Segurança Pública para colaborar na patrulha das áreas afetadas e evitar saques.
Os militares, que até hoje tinham se centrado no resgate de vítimas, se dedicarão agora a reconstruir as cidades afetadas, comunicou hoje o major brigadeiro Hélio Paes de Barros Júnior, da Força Aérea Brasileira (FAB) ao presidente Lula.
"Na primeira fase, o objetivo principal era o salvamento de vidas, agora o papel primordial do Exército será trabalhar com seus recursos humanos na logística, (...) para que ao longo do tempo a população possa voltar a sua vida normal", disse Júnior, em declarações divulgadas pela Presidência.
As Forças Armadas mobilizaram um contingente de 1.700 militares e mantêm outros 3 mil na reserva preparados para atuar se for necessário.
O Exército e a Força Aérea levaram 60 toneladas de mantimentos para os afetados, instalaram dois hospitais de campanha e pontes desmontáveis, para substituir provisoriamente as 79 que foram arrastadas pelos rios e permitir a chegada da ajuda. EFE