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quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Dilma: Tucanos "querem virar a mesa da democracia’

  Marcello Casal/ABrFora as flechadas do Índio e as ironias tôxicas do Plínio, vinha sendo uma campanha pacífica.

Apenas três mosqueteiros em cena: Dilma, Serra e Marina. Cada um por si e todos por Lula.

Súbito, o ‘Receitagate’ reacendeu em Serra uma fagulha oposicionista. Espetada, Dilma reage.

Nesta quinta (2), de passagem por Porto Alegre, disse que Serra e o PSDB estão “desesperados”.

Pesquisite, ela suspeita: "Estão desesperados porque, a cada dia que passa, eles perdem apoio popular”.

Dilma provoca: “Acho que eles estão querendo ganhar no tapetão".

Pior: "O que eles querem é virar a mesa da democracia". Noutras palavras: golpe.

Deve-se a mordacidade de Dilma à ação que Serra protocolara na véspera, no TSE.

Na peça, o tucanato pede a cassação do registro da candidaturea da antagonista.

A pupila de Lula disse que o PT levará à Justiça mais uma ação contra Serra. Será a quinta.

De resto, acionará na Procuradoria da República Sérgio Guerra, o presidente do PSDB.

Dilma falou em Porto Alegre. Fora à cidade para gravar peças de propaganda televisiva.

Depois, voou para o Paraná, onde fará um comício noturno.

Antes de embarcar, borrifou na atmosfera, já conspurcada, uma insinuação capciosa.

Deu a entender que a violação dos segredos fiscais de pessoas ligadas a Serra pode ser obra de tucanos.

Não citou um mísero nome. Nem precisava. Ela especula ao redor do calendário.

No final de 2009, época em que os dados foram xeretados, Serra media forças não com ela, mas com Aécio Neves.

Curioso, muito curioso, curiosíssimo. Dilma diz que, ao apontar o bico na direção dela, Serra produz acusações "levianas, sem provas”.

Ou Dilma leva as provas à mesa ou estará se servindo da mesma leviandade que enxerga no discurso de Serra.