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sábado, 30 de outubro de 2010

Consórcio contratou a firma da família de Paulo Preto

Convertido em personagem da eleição pela campanha de Dilma Rousseff, Paulo Vieira de Souza volta às manchetes na beira das urnas.

Paulo Preto, como é conhecido, foi diretor de Engenharia da Dersa, a estatal rodoviária de São Paulo, entre 2007 e abril de 2010.

Entre as obras sob sua responsabilidade estava o Rodoanel.

Um dos consórcios contratados para tocar o empreendimento é o Andrade Gutierrez/Galvão.

Pois bem. Em notícia veiculada na Folha, o repórter Flávio Ferreira informa que, em 2009, esse consórcio contratou os serviços da firma Peso Positivo.

Figuram como sócios da empresa Fernando Cremonini (99%) e Maria Orminda Vieira de Souza (1%).

Fernando é genro de Paulo Preto. Maria Orminda, é mãe do ex-diretor da Dersa. A Peso Positivo recebeu pelo contrato R$ 91 mil.

Para quê? Segundo informam o contratante e o contratado, para prover serviços de guindaste.

Cremonini, o sócio majoritário da Peso Positivo, é casado com Tatiana Arana Souza Cremoni.

Vem a ser aquela filha de Paulo Preto contratada para trabalhar no governo de São Paulo, sob José Serra.

Ouvida, a empresa da família de Paulo Preto disse, por meio do advogado José Luiz Oliveira Lima, que tudo sucedeu dentro da lei.

Segundo Oliveira Lima, a família de Fernando Cremonini atua no ramo de aluguel de guindastes há 38 anos.

O consórcio Andrade Gutierez/Galvão informou que, a exemplo de outros fornecedores, a Peso Positivo foi contratada “de acordo com a legislação em vigor”.

Em representação protocolada no Ministério Público estadual, o PT-SP requereu a investigação dos negócios da Peso Positivo.

Para sorte do tucanato, a eleição termina neste domingo (31). Paulo Preto já não pode ser levado à propaganda de Dilma como peso negativo para Serra.

Para azar, as investigações que enredam o personagem vão se prolongar no tempo.

Sempre que um tucano acusar um petista de malfeito, ouvirá a incômoda pergunta: E o Paulo Preto?

Assim caminha a política brasileira, em marcha batida para a autodesmoralização coletiva.