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quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Petrobrás descobre petróleo no mar de Sergipe

Rio (AE) - A Petrobras anunciou ontem a descoberta de uma nova fronteira petrolífera no País, em águas ultraprofundas no litoral de Sergipe. Segundo a empresa, o primeiro poço perfurado na região encontrou volumes de petróleo superiores a qualquer descoberta já feita na região. A empresa, porém, diz que é cedo para falar no potencial da região. No primeiro poço, encontrou "dezenas de milhões de barris".

A descoberta foi comemorada pela empresa por tratar-se de uma área com características geológicas semelhantes às encontradas na Bacia de Campos, maior produtora de petróleo do País, que tem a maior parte de suas reservas em rocha chamada turbidito. "A Petrobras é reconhecida como empresa de águas profundas e fez escola nos turbiditos da Bacia de Campos", comentou o gerente executivo de exploração da Petrobras, Mário Carminatti.

A descoberta de petróleo anunciada ontem fica no bloco exploratório SEAL-M-426, a 58 quilômetros da costa de Sergipe. Apesar da pouca distância, a lâmina d´água (distância entre a superfície e o fundo do mar) na área é de 2,34 mil metros, maior do que a de Tupi, na Bacia de Santos, que gira em torno dos 2,1 mil metros. O poço ainda está sendo perfurado, em busca de objetivos mais profundos.

Além da semelhança geológica com a Bacia de Campos, a Petrobras se animou com a qualidade do óleo encontrado no poço, que é do tipo leve, semelhante ao do pré-sal, com maior valor de venda no mercado internacional. A Petrobras é hoje importador de petróleo leve, que mistura ao pesado óleo nacional para maior produção de diesel em suas refinarias.

Sergipe tem hoje pequena produção de petróleo no mar, na casa dos 8 mil barris por dia, em campos em águas rasas. O único campo produtor em águas profundas na região é Piranema, localizado em uma lâmina d’água de 800 metros, a 90 quilômetros da nova descoberta. O projeto, que também tem óleo de boa qualidade, vem sendo usado pela Petrobras para testar um novo tipo de plataforma, de casco cilíndrico, que resistiria melhor às oscilações das marés.

A Petrobras tem duas concessões em águas ultraprofundas na área da descoberta e, segundo Carminatti, planeja a perfuração de novos poços em consequência da descoberta anunciada hoje. O compromisso inicial com a Agência Nacional do Petróleo (ANP) prevê dois novos poços. "Mas não pretendemos parar por aí. Queremos fazer outras atividades na região", afirmou Carminatti, durante entrevista para anunciar o início da produção definitiva de Tupi.

"Abrimos uma nova frente exploratória", comemorou o executivo. A empresa inicia no ano que vem a busca por outra fronteira petrolífera, desta vez na chamada margem equatorial brasileira, que compreende os Estados de Ceará, Piauí, Maranhão e Pará. 

Braskem anuncia nova fábrica de ‘plástico verde’

São Paulo (AE) - Um mês após iniciar a operação de sua primeira fábrica de "plástico verde" - que usa etanol em vez de petróleo como matéria-prima -, a Braskem anuncia a construção de uma nova planta, que ficará pronta em 2013. Com investimento de US$ 100 milhões, a fábrica será capaz de produzir 30 mil toneladas de plástico por ano. Os estudos acabaram de ser concluídos, mas o local da instalação não foi divulgado. 

O projeto da nova fábrica de plástico verde será oficializado  pela Braskem, na Alemanha, durante a Feira K 2010 - o evento internacional mais importante da indústria de plásticos e borracha. A petroquímica brasileira faz planos de se tornar, até 2020, líder global em química sustentável. "É um caminho promissor e sem volta", diz Marcelo Lyra, vice-presidente de Relações Institucionais e Sustentabilidade da Braskem.

As pesquisas nessa área começaram em 2005 e, dois anos depois, a empresa anunciou a construção de uma fábrica na cidade de Triunfo, no Rio Grande do Sul. A planta, que recebeu investimentos de R$ 500 milhões, foi inaugurada há um mês, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Essa primeira fábrica tem capacidade para produzir 200 mil toneladas de polietileno, um tipo de plástico usado principalmente em embalagens. 

Mesmo antes da inauguração, a Braskem já tinha mais de 20 contratos fechados com empresas interessadas no plástico verde. Os primeiros produtos feitos com essa resina devem chegar às prateleiras até janeiro.