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quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Dilma festeja ligação do ‘nosso governador Alckmin’

Falando nas pegadas da entrevista em que Lula disse que o governo dela terá a sua “cara”, Dilma Rousseff repisou a tecla do diálogo com a oposição.

Celebrou um telefonema “republicano” que recebeu do governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin.

Referiu-se ao tucano que derrotou o petista Aloizio Mercadante como “nosso governador Alckmin".

Submeteu-se a questionamentos sobre os mais variados temas –de salário mínimo a deireitos humanos no Irã.

Sobre o mínimo, contou que avalia a hipótese de mexer na metodologia que rege os reajustes, de modo a tonificar o aumento previsto para 2011.

Reza a lei que o reajuste do salário mínimo repõe a inflação dos 12 meses anteriores e adicona a variação do PIB dos últimos dois anos.

O diabo é que o PIB de 2009, espremido pela crise global, foi mixuruca: registrou queda de 0,2%. Daí a cogitação de Dilma de mexer na conta.

"Nós estamos avaliando se é possível fazer essa compensação", disse. Quanto aos reajustes futuros, ela soou otimista:

"Em um cenário de PIB crescendo às taxas que nós esperamos, teremos salário mínimo no horizonte de 2014 bem acima de 700 e poucos reais".


Afirmou que, empossada, não cogita enviar ao Congresso projeto que recrie a CPMF. Disse, contudo, que não ignora que governadores analisam essa ideia.

Nomes para o ministério? Não estão “maduros” ainda, disse Dilma. Reafirmou que usará dois critérios:

"Vou exigir competência técnica, um histórico de pessoas que não tenham problemas de nenhuma ordem. E considero importante os critérios políticos".

Repetiu que não fará anúncios “fragmentados”. Recursou-se a marcar prazo: “Não sou doida”.

Ecoando Lula, que falara aos repórteres antes dela, disse que vai à reunião do G-20, em Seul, disposta a brigar contra a guerra cambial.

Uma guerra que Lula fizera questão de atribuir à manipulação que EUA e China fazem da cotação de suas moedas.

"Todos os países que não são a China e os EUA percebem que há uma guerra cambial”, Dilma reforçou.

“E eu quero dizer para vocês que em uma situação dessas não tem solução individual".

Antes dela, o presidente dissera: "Vou para o G-20 para brigar. Se eles já tinham problema para enfrentar o Lula, agora vão enfrentar o Lula e a Dilma".

Provocada, Dilma comentou a sentença de execução da iraniana Sakineh Ashtiani. Não usou meias palavras:

"Eu sou radicalmente contra o apedrejamento da Sakineh. [...] Entendo que é uma coisa muito bárbara".

Organismos internacionais dizem que a execução da iraniana é iminente. Deve ir à forca, não mais às pedras.