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sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Mantega prevê crescimento médio de 5,9% até 2014

  Sérgio Lima/Folha
Dilma rousseff realizou nesta sexta (14) a primeira reunião com toda a equipe de 37 ministros.

Escalado pela chefe como orador oficial do encontro, o ministro Guido Mantega (Fazenda) borricou otimismo na sala.

Vaticionou que, na Era Dilma (2011-2014), a economia brasileira crescerá a uma taxa anual média de 5,9%. Assim mesmo, com a precisão da vírgula.

Considerando-se a fluidez das finanças planetárias, a previsão do ministro orna mais com a sessão de horóscopo do que com a editoria econômica.

Significa dizer: a antevisão de Mantega tem tudo para se confirmar, desde que os fatos não a conspurquem. Sob Lula, o crescimento médio foi de 4%.

Mantega informou aos seus pares que a taxa de investimentos no Brasil subirá dos atuais 19% do PIB para 24%.

Teceu loas ao ex-chefe: "o governo Lula colocou o Brasil na rota do desenvolvimento sustentável".

Afagou a nova mandachuva: "o governo Dilma vai consolidar o desenvolvimento e colocá-lo em patamares mais elevados".

O PIB entrou em rota benfazeja, disse Mantega, porque não há "desequilíbrios macroeconômicos” e a inflação encontra-se “sob controle”.

De resto, disse que o governo convive com “solidez fiscal e aumento de reservas". As palavras só merecem crédito até certo ponto. O ponto de interrogação.

O equilíbrio macroecômico depende das providências que o novo governo vier a adotar.

A inflação soluça, à espera da administração do conta-gotas dos juros. A solidez fiscal depende do manuseio da tesoura.

Mantega absteve-se de informar na reunião o tamanho do talho orçamentário que o governo se prepara para anunciar.

Nesta sexta (14), a Folha informou que a equipe do ministro projeta um corte superior a R$ 40 bilhões, próximo de R$ 50 bilhões. O ministro negou.

Mantega declarou também que, mercê do seu próprio sucesso, o Brasil convive com desajustes no câmbio.

Algo que exigirá, segundo disse, a adoção de medidas que desonerem o exportador e leve à “redução dos juros”.

O blog ouviu um dos ministros que participaram da reunião. Ele disse:

“Ficou entendido que a chance de êxito do novo governo está condicionada aos sacrifícios que formos capazes de fazer”.