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segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Dilma agora quer política para o mínimo só até 2014

  Luiz Carlos Murauskas/Folha
Há cinco dias, ao enunciar no Congresso as prioridades do Executivo para 2011, Dilma Rousseff prometera uma política de “longo prazo” para o salário mínimo.
Ficou entendido que Dilma daria sequência à proposta editada sob Lula. Previa que as regras do reajuste do mínimo valeriam até o ano de 2023.
Nesta segunda (7), reunida com os ministros que integram a coordenação do governo, Dilma encurtou o longo prazo para um prazo médio.
Em vez de 2023, como queria Lula, as regras do salário mínimo valerão apenas até 2014, último ano do atual mandato.
Além de ministros, participaram da reunião os líderes do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), e na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP).
Dilma virou a página da negociação com as centrais sindicais, que desaguou em impasse. Ela quer restringir o debate à arena que interessa: o Congresso.
Fincou o pé em relação ao valor proposto pelo governo: salário mínimo de R$ 545 para 2011.
Deseja que a supremacia numérica do consórcio partidário que dá suporte congressual ao governo se traduza em votos no plenário.
Pelas regras que Lula negociara com as centrais, o reajuste do mínimo incorpora a inflação mais a variação do PIB dos dois anos anteriores.
Deve-se o reajuste mixuruca de 2011 ao fato de que a crise fez murchar o PIB de 2009, que foi negativo.
No dizer de Jucá, importa agora preservar o método, não modificar a cifra. Alega-se que, mantidas as regras, o mínimo de 2012 será melhor.
O diabo é que, para o trabalhador que ainda convive com a infelicidade de receber apenas o salário mínimo, importa mais a geladeira vazia do que o método.