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sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

EUA e União Europeia adotam sanções contra a Líbia

AFP/Reprodução de TV estatal líbia
Diante do agravamento da crise na Líbia, os governos dos EUA e dos países que integram a União Europeia decidiram evoluir da retórica para a prática.
Anunciaram a decisão de impor sanções ao regime de Muammar Gaddafi.
A novidade chega num dia em que, em público, o ditador instou seus seguidores à guerra (assista aqui).
Em Washington, o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, anunciou o rompimento das relações diplomáticas com a Líbia.
Disse que que serão interrompidas as atividades da embaixada americana em Trípoli. Acrescentou:
"Estamos dando início a uma série de sanções unilaterais para pressionar o regime da Líbia a dar fim aos assassinatos de seu próprio povo".
Reunidos em Bruxelas, os países-membros da Comunidade Europeia também aprovaram a adoção de sanções à Líbia.
Incluem o embargo da venda de armas ao país de Gaddafi e o bloqueio de bens de autoridades do governo líbio. O acordo deve ser formalizado na segunda (28).
"É hora de agir. Devemos exercer toda a pressão possível para tentar deter a violência", disse a chanceler da União Europeia, Catherine Ashton.
Ilhado em Trípoli, Gaddafi apareceu numa praça, nesta sexta (25). Em timbre inflamado, falou a uma multidão de apoiadores.
Instou-os a "defender a Líbia". Disse coisas assim: "Nós derrotaremos qualquer campanha estrangeira, como já fizemos no passado".
Ou assim: "A vida sem dignidade não tem significado, a vida deve ter a glória e a vitória, representada por essas bandeiras verdes...”
“...Vivam com dignidade e com moral. Muammar Gaddafi é um de vocês! Dancem, cantem e sejam felizes". Endereçou beijos à platéia.
O embate entre rebeldes e defensores de Gaddafi já ocorrem também em Trípoli. Um morador da capital disse à agência France Presse:
"As forças de ordem dispararam contra os manifestantes sem fazer distinção. Há mortos nas ruas [do bairro] de Sug Al Joma".
Moradores de ouros bairros –Ben Ashur e Fashlum, por exemplo— também contaram ter testemunhado disparos contra pessoas nas ruas.
"A situação é caótica em partes de Trípoli agora", disse um líbio ouvido pela Associated Press.