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terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Grupo do PMDB lança um manifesto antifisiologismo

Guido Daniele/Via BBC
Em litígio com a cúpula do PMDB, um grupo de deputados do partido do vice-presidente Michel Temer decidiu formalizar suas divergências num manifesto.
O grupo se autointitula “Afirmação Democrática”. Reúne 12 deputados –o equivalente a 15% da bancada do PMDB na Câmara, hoje com 79 membros.
Prevê-se para esta terça (8) a divulgação do documento com a plataforma que vai guiar a ação parlamentar do naco descontente do PMDB.
No texto, os rebelados recusam a qualificação de dissidentes. Apresentam-se como uma “corrente partidária” insatisfeita com os rumos da legenda.
Uma ala que deseja se diferenciar “da prática fisiológica e obscura” que conspurca a imagem do PMDB, conferindo-lhe papel subalterno.
O manifesto surge num instante em que o PMDB guerreia com o PT pelas poltronas do segundo escalão do governo Dilma Rousseff.
São signatários da peça deputados de seis Estados: Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Paraíba e Maranhão.
Entre eles Raul Henry (PE), Osmar Terra (RS), Darcísio Perondi (RS), Alceu Moreira (RS), Osmar Serraglio (PR), Edinho Bez (SC), Mauro Mariani (SC) e Fábio Trad (MS).
Afora a condenação ao fisiologismo, o manifesto propõe uma “nova agenda”. Algo que credencie o PMDB a lançar candidato à Presidência em 2014.
Entre os tópicos listados no documento estão: reforma política, reforma tributária, regulamentação da Emenda 29 (que destina verbas à Saúde)...
...Apoio a iniciativas que melhorem a qualidade do gasto público e tonifiquem a capacidade de investimento do Estado...
...E a formulação e aprovação de uma “lei de responsabilidade educacional”.
O grupo anota no manifesto que o PMDB é o “fiel da balança do processo democrático brasileiro”.
Realça que o partido carrega em seus quadros “grande número de lideranças autênticas”. Gente que não se confunde com o pedaço fisiológico da legenda.
Sustenta que o PMDB é a grande força de “centro-esquerda” do país. E, como tal, deve “ocupar seu espaço político com propostas, capacidade de articulação e comportamento ético”.
O grupo tem a pretensão de crescer de uma dúzia para pelo menos duas dezenas de integrantes.
Deseja-se atrair para a nova “corrente” também senadores que têm atuação “independente”.
Gente como Jarbas Vasconcelos (PE), Luiz Henrique (SC), Pedro Simon (RS) e até o protolulista Roberto Requião (PR).