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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Jarbas e Requião, do PMDB, votam contra os R$ 545



Diferentemente do que ocorreu na Câmara, o PMDB não conseguirá entregar a Dilma Rousseff todos os votos de seus 19 senadores.
Jarbas Vasconcelos (PE) e Roberto Requião (PR) anunciaram da tribuna que votarão contra o salário mínimo de R$ 545 propostos por Dilma Rousseff.
Ambos ironizaram o PT. “Que moral tem o PT hoje para pedir que a oposição vote por um salário mínimo menor, como quer o governo?”, indagou Jarbas.
Acusou o governo de ter patrocinado, sob Lula, uma gastança eleitoral. Realçou que o mínimo de R$ 545 é o primeiro que não traz aumento real desde 1997.
“A irresponsabilidade eleitoral de ontem foi substituída pelo arrocho do dia seguinte. [...] Os trabalhadores mais uma vez pagam a conta. Isso em um governo do PT”.
Disse que, candidata, Dilma vendeu o “país das maravilhas”. Hoje, disse Jarbas, “descobrimos que as promessas estavam mais para ilha da fantasia”.
E Requião: “Vejo o velho PT de guerra defendendo com veemência os R$ 545 reais, [...] como que a obedecer uma orquestração pouco discutida”.
Requião fustigou também o tucanato: “Vejo o valoroso PSDB se colocando na posição que eu esperava que ele tivesse há muito tempo: partido da socialdemocracia”.
Disse: em teoria, as legendas socialdemocratas são “braços dos sindicatos”. Algo distante a prática do PSDB.
Ironizou Aécio Neves, o grão-duque do tucanato mineiro. “Escuto rumores nos corredores de que o PSDB de Minas vai transformar teoria em prática”.
Ex-governador paranaense, Requião recordou que, no ano passado, fixou o salário mínimo regional em R$ 765, o maior do país.
“Esperamos um aumento de 10% para esse ano. E os mineiros vêm junto, confirmando-se como partido socialdemcorata e lançando mínimo de R$ 840”.
Da tribuna, Requião chamou o ministro Guido Mantega de "Manteiga". Insinuou que o titular da Fazenda se derrete pelo mercado, não pelos trabalhadores.
Para ele, o mínimo de R$ 560 é factível. Basta, segundo disse, que o governo altere a política econômica que privilegia o lucro dos bancos.
Sugeriu: em vez de elevar juros, Dilma deveria ordenar: alta do compulsório dos bancos, “um freio de arrumação” nos empréstimos consignados e ajuste no câmbio.