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terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Líder do PMDB: ‘Nunca vi partido ser tão injustiçado’

  ABr
O deputado Henrique Eduardo Alves (RN) foi reconduzido à liderança do PMDB.
Discursou para os liderados como comandante que prepara a tropa à beira do campo de batalha.
Falou grosso, como se desejasse lançar a voz para além dos limites da sala, fazendo-a chegar a tímpanos petistas.
Diz o brocardo: para bom entendedor, meia palavra basta.
Pois Henrique preferiu os vocábulos inteiros. Coisa que bastasse até para meio entendedor.
Num instante em que PMDB e PT se desentendem falando o mesmo idioma, Henrique soou claro:
“Nunca vi um partido ser tão injustiçado e agredido como nos últimos dois meses. Nunca apanhei tanto...”
“...Nos perfis que recebi, os adjetivos mais leves eram de ‘aliado incômodo’ e ‘fisiológico’...”
“...Isso não me atemoriza, vou continuar lutando por espaços de um partido que lutou para ganhar a eleição. Os governos passam, o PMDB fica”.
O líder pemedebê parecia decidido a desobstruir a traquéia: “Não vou mais aceitar isso. Ganhamos o governo para governar com ética...”
“...Temos o direito de indicar nomes qualificados, porque seremos cobrados nas ruas pela co-responsabilidade nesse governo”.
Henrique arrematou: “A presidente Dilma pode ficar sossegada. Somos co-aliados, não sou um aliado incômodo...”
“...O caminho que o PMDB quer construir no governo não tem o medo, omissão, covardias ou safadezas. É o caminho da verdade, coragem e do desassombro”.
Tomada pelo que diz em privado, Dilma sonha mesmo com o sossego. Mas não parece enxergar no desassombro do PMDB barbitúrico capaz de lhe devolver o sono.