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sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Mantega vai à Câmara explicar ‘mínimo’ a deputados

Fábio Pozzebom/ABr
O ministro Guido Mantega (Fazenda) vai à Câmara na próxima terça (15) para explicar aos deputados a política do governo para o salário mínimo.
Em reunião aberta, Mantega debaterá o tema com representantes das centrais sindicais, em desacordo com o governo.
O embate público entre Mantega e as centrais foi marcado por exigência das legendas da oposição.
Lideranças do PSDB e do DEM foram procurados nesta quinta (10) pelo líder de Dilma Rousseff na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP).
Discutiram os termos de um “acordo de procedimentos”. Algo que assegure que a votação do salário mínimo ocorra na próxima quarta (16).
Para obter o assentimento da oposição, Vaccarezza e os líderes de partidos governistas tiveram de ceder a duas exigências.
Numa, combinou-se a realização da audiência pública de Mantega com as centrais, na véspera da votação.
Alcançado pelo telefone, o ministro topou fazer a defesa pública do mínimo de R$ 534. O sindicalismo pede R$ 580. Um grupo de deputados tenta pôr de pé uma cifra intermediária: R$ 560.
A outra exigência da oposição foi a de que a votação do salário mínimo seja nominal. Significa dizer que o projeto não será votado por acordo de líderes.
Os deputados terão de levar o nome ao painel eletrônico da Câmara. Dito de outro modo: a platéia vai saber quem votou a favor do mínimo de R$ 545.
“Acho bom que seja assim”, disse ao repórter o líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves, um dos fiadores do acordo.
“O voto no salário mínimo não pode ser uma coisa envergonhada. Não dá para fazer demagogia. É bom que cada um assuma o que pensa”.
Afinado com o discurso oficial, Henrique recorda que vai a voto, junto com o reajuste, a formalização da política para o mínimo.
Prevê que, sob Dilma, os reajustes anuais vão incorporar a inflação e a variação do PIB dos dois anos anteriores.
“Com essa mesma política, o governo Lula assegurou aumento real de 58% para o salário mínimo”, diz Henrique.
O líder pemedebê estima que a Câmara será convertida, na próxima semana, em “praça de guerra”.
As centrais sindicais, diz Henrique, “vão encher as galerias”. Trabalhadores vão “abordar os líderes, procurar os deputados”.
Mandachuva de uma bancada de 78 deputados, Henrique espera entregar ao governo entre 65 e 70 votos.