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segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Passadas as urnas, os eleitos falam em recriar CPMF

  Roberto Stuckert/PR
Reunidos em torno de Dilma Rousseff em Aracaju, governadores do Nordeste desfraldaram a bandeira da recriação da CPMF.
Na campanha, portaram-se como espécies de Galileus. Agora, informam à platéia que o que move o mundo não são os princípios. São os impostos.
Já na fase de transição, Dilma Rousseff dissera que discutiria com os governadores a ressurreição do imposto do cheque.
Nessa época, descobriu-se que cerca de 17 dos 27 governadores apoiavam a ideia. A repercussão foi péssima. E sobreveio o silêncio.
Súbito, retoma-se o barulho. "Acho que os governadores podem ajudar nisso [na aprovação de um novo imposto para a saúde]", disse Cid Gomes (PSB).
Além do mandachuva do Ceará, defenderam o tributo: Jaques Wagner (PT), da Bahia; Ricardo Coutinho (PSB), da Paraíba; e Wilson Martins (PSB), do Piauí.
Também o oposicionista Teotônio Vilela (PSDB), de Alagoas, falou da necessidade de buscar uma nova forma de financiamento para a saúde.
Ecoou-o o governador de Minas, Antonio Anastasia (PSDB), presente ao encontro porque um pedaço do mapa de seu Estado tem características nordestinas.
Anastasia fez uma única ressalva: para ser aprovado, o novo tributo tem de ser inserido numa reforma tributária mais ampla.
É exatamente o que disse, na semana passada, o líder de Dilma no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR).
Segundo Jucá, a criação de um tributo nos moldes da CPMF é cogitada pelo governo como parte de uma reforma do modelo tributário.
É de perguntar: por que essa gente não falou de espinhos na época em que distribuiu rosas aos eleitores?