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quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Polícia Federal indicia ex-chefe da Polícia Civil do Rio

Vanor Correio/Divulgação
O delegado Allan Turnowski foi das nuvens ao purgatório. Até o início da semana, era chefe da Polícia Civil do Rio. Nesta quinta (17), tornou-se um indiciado.
Indiciou-o a Polícia Federal. É acusado de vazar informações sigilosas da “Operação Guilhotina”, que levou ao xilindró 38 pessoas, das quais 30 são policiais.
Munida de escuta telefônica, a PF sustenta que Turnowski vazou dados sigilosos para um dos investigados. O delegado nega.
O indiciamento de Turnowski ocorreu ao término de três horas de depoimento. Durante a inquirição, o delegado tocou o telefone para seu ex-superior.
Ligou para o secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame. Perguntou se ele lhe havia repassado informações sobre a “Guilhotina” da PF.
Beltrame respondeu negativamente, disse Turnowski aos repórteres, na saída do prédio da superintendência da PF. "Como eu ia vazar o que não sabia?"
"Sou inocente, não recebi propina nem vazei informação. Não sabia da operação”, declarou Turnowski.
Acha que a acusação de vazamento de sigilo funcional não resiste a uma análise superficial do Ministério Público, a quem cabe formular ou não uma denúncia.
A Secretaria de Segurança expediu uma nota. No texto, informa que Beltrame conversou com Turnowski durante as investigações da PF.
Falaram pelo telefone. A secretaria ecoou Turnowski: “Em nenhum momento o secretário Beltrame mencionou a Operação Guilhotina”.
Conversaram sobre o quê? Beltrame repassou a Turnowski, ainda na chefia da Polícia Civil, uma informação que recebera da PF.
Policiais civis estavam extorquindo um traficante durante a operação de ocupação do Complexo do Alemão.
"Como autoridade máxima da segurança do Estado, [Beltrame] cobrou a Allan providências”, escreveu a secretaria na nota.