Entre os que deixaram o comando do PDN está o filho do presidente egípcio
Do R7, com AFP
AFP
Integrantes do governo dos Estados Unidos elogiaram, neste sábado (5), a renúncia de membros da cúpula do PDN (Partido Nacional Democrático), anunciada hoje. Entre os que deixaram o comando da sigla governista está Gamal Mubarak, filho do presidente do Egito, Hosni Mubarak, tido como seu provável sucessor antes da crise política.
Hoje, o presidente Barack Obama se reuniu com seus assessores de segurança nacional para discutir a crise no Egito – um dos maiores aliados dos Estados Unidos entre os países árabes. Durante a reunião, um funcionário do governo americano, que não quis se identificar, disse que a renúncia é vista como um “passo positivo”.
- Vemos isso como um passo positivo em direção a uma mudança política que será necessária, e esperamos outros passos.
Desde o último dia 25, manifestantes pedem a saída do presidente Mubarak, que comanda o país há 30 anos. Oficialmente, Obama defende que o líder ajude na transição para o próximo governo, como disse hoje Frank Wisner, enviado especial dos EUA ao país.
- O presidente deve permanecer em seu cargo a fim de orientar as mudanças. A continuidade da liderança de Mubarak é decisiva.
Na sexta-feira (4), Obama afirmou que o "patriota" Mubarak deveria escutar seu povo e tomar "a decisão correta", mas evitou exigir explicitamente que o aliado deixasse o poder imediatamente.
Na sexta-feira (4), Obama afirmou que o "patriota" Mubarak deveria escutar seu povo e tomar "a decisão correta", mas evitou exigir explicitamente que o aliado deixasse o poder imediatamente.
O comitê executivo do PND tem seis membros, incluindo seu secretário-geral. Gamal era o número dois do partido. Mas, apesar da remodelação de seu gabinete e dos intensos protestos nas ruas contra seu regime, Mubarak continua sendo o presidente do Egito e de seu partido.
Os protestos no país já causaram mais de 300 mortes e deixaram milhares de feridos, de acordo com a ONU (Organização das Nações Unidas).