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quinta-feira, 3 de março de 2011

Chávez quer que Lula seja mediador da crise na Líbia

  Antônio Lacerda/Efe
Quem olha para a Líbia não consegue enxergar onde fica a porta da paciência.
Quando a porta for encontrada, será preciso bater de leve, senão a paciência ficará furiosa.
Por ora, todo mundo vira a cara para Muammar Gaddafi. Ou quase todo mundo.  
O companheiro Hugo Chávez mantém linha direta com o ditador líbio.
Enxerga nele a porta para a superação da crise que produz incertezas e cadáveres.
O presidente venezuelano tenta credenciar-se, veja você, como mediador.
Mais do que isso, Chávez deseja arrastar o Brasil para o epicentro da encrenca.
Como? A Venezuela quer que Lula seja o líder de uma comissão internacional de mediação da crise.
Sem mencionar Lula, o venezuelano Andrés Izarra (Informação), disse:
"Confirmamos o interesse líbio em aceitar esta proposta, assim como o da Liga Árabe...”
“...Hoje a Venezuela continua com sua intensa agenda de gestões no mundo árabe e no mundo inteiro, para buscar a paz na Líbia".
Longe dos refletores, a agência Reuters recolheu o desejo de atrair Lula para a empreitada.
A coisa se encontra, informa a agência, em estágio “preliminar”.
Tomado por suas últimas entrevistas, Gaddafi não parece considerar outra hipótese senão a de sua permanência no poder.
Portanto, qualquer negociação com o maluco terá de partir da aceitação preliminar de suas maluquices.
Espera-se que Lula, contactado, se dê conta de que, metendo-se na encrenca, não o fará em nome pessoal.
Lula em Trípoli seria o Brasília na Líbia. É de perguntar: a quem interessa ver o país batendo em mais essa porta errada?