A vasta cinemateca de Durval Barbosa, o delator do mensalão do DEM de Brasília, não para de surpreender. Veio à luz um vídeo novo.
Na peça, a deputada federal Jaqueline Roriz (PMN-DF) parece recebendo maços de notas de R$ 50 do ex-auxiliar de José Roberto Arruda.
A gravação é de 2006, ano em que Jaqueline disputou uma cadeira na Câmara Distrital de Brasília.
A cena mostra Durval acomodando o dinheiro sobre a mesa. O marido de Jaqueline, que a acompanhava, levou as notas à mochila.
A certa altura, Jaqueline pede a Durval, o provedor de panetone$ do ex-governador Arruda, mais verbas de má origem:
"Você vê possibilidade de aumentar isso?".
Durval aconselha a filha de Roriz a procurar empresas. Ela diz que já havia tentado. Sem sucesso, contudo:
"Tem cinco pessoas que disseram que iam me ajudar, mas até agora nada. O da CEB (Cia Energética de Brasília) ficou de me ligar, mas nada".
Eleita deputada federal em 2010, Jaqueline terá de explicar em palco federal o malfeito da época em que era personagem do Legislativo local.
Por ora, a deputada nada disse. A assessoria de Jaqueline informa que ela está viajando. Logo, logo surgirá um pedido de cassação de seu mandato.
A filha reedita o pai. No Senado, acusado de corrupção, Joaquim Roriz renunciou ao mandato para fugir da cassação.
A Lei da Ficha Limpa tornou a manobra inócua. E Roriz foi impedido de disputar o governo do DF.
