Brizza Cavalcante/Ag.Câmara
Pilhada em vídeo recebendo R$ 50 mil do bololô monetário do mensalão do DEM brasiliense, a deputada federal Jaqueline Roriz (PMN-DF) divulgou uma nota.No texto, ela informa que pediu pra sair da comissão da Câmara que vai formular uma proposta de reforma política. Anotou:
"Aprendi que os interesses da sociedade, de um grupo político, devem prevalecer acima de qualquer interesse individual ou vontade pessoal...”
“E, neste contexto, solicito a minha substituição na Comissão Especial representando o PMN".
Curiosamente, a deputada não escreveu em sua nota uma mísera palavra sobre a encrenca de que é protagonista. Coisa registrada em vídeo.
Tomada pela escrita, Jaqueline parece convencida de que seu mandato na Câmara não sofrerá interrupções:
“Continuarei contribuindo com propostas que façam com que o país encontre mecanismos eleitorais ainda mais democráticos, que ajudem a minimizar as injustiças sociais do nosso Brasil".
Beleza. Uma das grandes injustiças que vicejam no país é a distinção dos cidadãos perante a Justiça.
Aos pobres, os rigores da lei. Acima de um determinado nível de renda, o refresco da impunidade.
Assim, a deputada dará enorme contribuição para “minimizar as injustiças” se confessar os malfeitos, renunciar ao mandato e sujeitar-se ao julgamento comum, sem o privilégio do foro do STF.
