Depois de eletrificar a cena política, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, viaja no próximo sábado (5) para Paris. Viagem oficial, segundo ele.
Só deve retornar ao Brasil no sábado (12) seguinte, quatro dias antes da convenção que conduzirá José Agripino Maia à presidência do DEM.
Agripino almoçou com Kassab nesta segunda (28). Instou-o a permanecer no partido. O prefeito adiou a resposta para depois da volta.
Em diálogo franco, Kassab disse a Agripino que, de fato, considera a hipótese de fundar uma nova agremiação, o PDB (Partido Democrático Brasileiro).
Esmiuçou as negociações que entabulou com PMDB e PSB, duas legendas associadas ao consórcio partidário que dá suporte a Dilma Rousseff.
A despeito de todo o vaivém, o prefeito não descartou (?!?!?!) a alternativa de permanecer no DEM.
Agripino pediu uma definição. Recordou que teve o cuidado de injetar na futura Executiva do DEM dois representantes do grupo de Kassab.
Disse ao prefeito que, prevalecendo a idéia da migração, terá de reformular a chapa. Kassab comprometeu-se a dar uma resposta. Mas só depois da fuga parisiense.
Nesta terça (1º), Jorge Bornhausen, presidente de honra do DEM e principal aliado de Kassab na legenda, reúne sua tropa em Santa Catarina.
Segundo informou a lideranças do partido, Bornhausen e o governador catarinense Raimundo Colombo anunciarão a decisão de permanecer no DEM.
Conforme noticiado aqui, Bornhausen informou a Kassab que não cogita segui-lo no projeto de fundar um partido novo para, depois, fundi-lo ao PSB.
Afora a baixa catarinense, Kassab foi alertado por Agripino acerca das debilidades de seu plano.
Disse que, permanecendo no DEM, terá o apoio incondicional da legenda para a almejada candidatura ao governo de São Paulo, em 2014.
Afirmou que, bandeando-se para a canoa do governo, já apinhada de pré-candidatos, Kassab terá, em vez de apoio, o convívio com a incerteza.
Diante da resposta protelatória de Kassab, não restou ao DEM senão esperar pelo fim da novela, em capítulo pós-parisiense.