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quinta-feira, 17 de março de 2011

Revolta chega ao ponto mais crítico

O anúncio foi feito horas antes do início da votação de uma proposta de resolução no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) por meio da qual estaria autorizada a adoção de "todas as medidas necessárias" para proteger a população civil da Líbia e seria imposta uma "proibição a todos os tipos de voo" sobre o país, segundo uma cópia do rascunho da resolução divulgada ontem à tarde.
No pronunciamento, Kadafi assegurou que os rebeldes que depuserem as armas serão poupados. "Vamos caçar os traidores de Benghazi", disse. "Aqueles que se renderem e entregarem armas serão salvos", acrescentou.


Antes, o exército líbio divulgou que pretende interromper as operações militares a partir do domingo, para dar aos rebeldes uma chance para que eles entreguem as armas e se rendam. Com isso, os insurgentes seriam beneficiados com uma anistia. Não foi informado quanto tempo duraria a trégua.
Muamar Kadafi afirmou em pronunciamento na televisão estatal líbia que as forças oficiais lançariam ontem à noite um ataque contra o reduto rebelde de Benghaz
Ontem, as forças oficiais se encontravam a 160 quilômetros de Benghazi e avançavam "rapidamente" graças 
ao poderio militar superior, afirmou o subsecretário para Assuntos Políticos do Departamento de Estado dos EUA, William Burns.
Pouco antes da fala de Kadafi, um porta-voz do Ministério da Defesa da Líbia disse que o país dele poderia atacar aviões civis e navios no Mediterrâneo se houver uma intervenção militar estrangeira contra Trípoli.
"Qualquer operação militar contra a Líbia vai expor todo o tráfego aéreo e marítimo no Mediterrâneo ao perigo. A bacia do Mediterrâneo será exposta a um perigo grave, não apenas no curto prazo, como no longo prazo", ameaçou.
A proposta de resolução submetida à apreciação do Conselho de Segurança destaca que a proteção internacional deve ser estendida ao bastião rebelde de Benghazi, no Leste da Líbia, que agora está sob ameaça das forças leais ao coronel Muamar Kadafi.
Em Paris, o primeiro-ministro da França, François Fillon, afirmou que o governo do país dele apoiaria uma ação militar contra Kadafi em uma questão de horas, caso a ONU aprove a operação.
Ele enfatizou que "o momento é essencial" e que "a ameaça representada pelo coronel Kadafi mostra quão urgente é a necessidade de a comunidade internacional mobilizar-se".