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quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Treze deputados do PR assinam requerimento de CPI



Angeli
Dos 41 deputados que integram a bancada do PR na Câmara, 13 já assinaram o pedido de “CPI da Corrupção”.
Entre os novos signatários do requerimento estão os deputados mais bem votados de São Paulo e do Rio: Tiririca (PR-SP) e Antohony Garotinho (PR-RJ).
Segundo ACM Neto, líder do DEM e um dos responsáveis pela coleta de rubricas, 21 deputados aderiram à CPI nesta quarta (17).

“Isso aconteceu em menos de duas horas”, celebrou o deputado. “Já temos 115 assinaturas.”
O número está longe do mínimo necessário. Para a abertura de uma CPI, o regimento da Câmara exige o apoio de pelo menos 171 deputados. Faltam, portanto, 56.
Como a CPI pretendida é mista, seria necessário, de resto, completar a lista de assinaturas do Senado. Ali, o mínimo é de 27. E a oposição só dispõe de 20.
O que chama a atenção é a adesão dos deputados do PR. Os 13 primeiros tornaram-se signatários da CPI menos de 24 horas depois do discurso de Alfredo Nascimento.
Coube a Nascimento anunciar, no início da noite de terça (16), a decisão do PR de se retirar do bloco governista e adotar posição de “independência.”
No caso de Garotinho, o “efeito independência” produziu quatro novas adesões à CPI –a dele e a de três deputados que seguem sua liderança.
No total, contando com as assinaturas do PR, foram ao pedido de CPI 23 assinaturas de deputados filiados a legendas que integram o condomínio pró-Dilma.
A lista traz inclusive três nomes do PMDB, partido do vice-presidente Michel Temer: André Zacharow (PMDB-PR), Nelson Bornier (PMDB-RJ) e Valdir Colato (PMDB-SC).
Inclui de conhecidos desafetos do governo –como Jair Bolsonaro (PP-RJ)— a celebridades –caso do pugilista Arcelino Popó (PRB-BA).
No Senado, afora os jamegões do PSDB e do DEM, o pedido de CPI conta com a adesão dos “independentes” de praxe.
São quatro: Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), Roberto Requião (PMDB-PR), Pedro Taques (PDT-MT) e Ana Amélia (PP-RS).
Tucanos e ‘demos’ levaram à web o blog 'CPI da Corrupção'. A iniciativa tem propósitos explícitos:
“A intenção deste site é cobrar dos nossos parlamentares a instauração de uma CPI […] para apurar os casos de corrupção que assolam o país”, anota o texto de abertura.
Anotaram-se na página os nomes de todos os congressistas. Foram acomodados em quatro listas.
Em duas, os deputados e senadores que já assinaram a CPI. Noutras duas, os que ainda não rubricaram.
Adiante de cada nome, há um link que conduz à caixa de correio do parlamentar.
É improvável que a oposição consiga reunir as assinaturas de que necessita. Mas o pedido de CPI ficará flanando no Congresso como um aviso ao Planalto.
Para os governistas fisiológicos, serve como elemento de chantagem. Para os oposicionistas, é útil como matéria-prima de discurso:
“Quem vai arrancar essa CPI do Congresso não é a oposição, mas a sociedade”, diz ACM Neto. “O PT, que no passado ia às ruas para pedir CPI, hoje quer enterrar as CPIs.”
Dias atrás, num duelo verbal com o líder tucano Alvaro Dias, o senador Humberto Costa (PT-PE) recordou que pedidos de CPI são encontradiços também em São Paulo e Minas.
“Quantas CPIs foram feitas contra o Serra, contra o Alckmin ou contra o Aécio?”, fustigou Humberto (PE), que lidera a bancada de senadores do PT.
Em meio ao embate, desmoraliza-se um instituto que, no passado, produziu apurações que resultaram no impeachment de um presidente e na denúncia de 40 mensaleiros.