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quinta-feira, 24 de junho de 2010

Governo petista não preparou o País para o crescimento

Sem investimento, Brasil sofre falta de profissionais para preencher vagas

Paula Sholl
Deputado Luiz Carlos Hauly (PR)
Brasília (24) – O governo federal mostra não ter se preparado para o crescimento da economia. A educação, base para o desenvolvimento de um país, começa a cobrar a conta pela falta de investimento, com o conseqüente aumento do desemprego, que subiu em maio para 7,5%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Para o deputado Luiz Carlos Hauly (PR), sem educação adequada, não será possível o desenvolvimento do País. "A educação é a base para o desenvolvimento. Com uma educação precária, o Brasil está se distanciando dos países do Primeiro Mundo. Como conseqüência, a economia começa a cobrar a conta em função dessa falta de estrutura", criticou.

Como revela a Folha de S. Paulo, a situação na área de engenharia, por exemplo, é dramática. O Brasil perde algo como US$ 15 bilhões (R$ 26,5 bilhões) por ano com falhas em projetos de obras públicas. O valor representa 1% do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todas as riquezas do País.

Dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI) revelam que 150 mil vagas para profissionais formados em engenharia não serão preenchidas até 2012. Dos 150 mil alunos que ingressam no primeiro ano do curso, só 30 mil concluem os estudos.

 "Só 15% dos jovens estão na universidade, o equivalente a um milhão de alunos, quando deveriam ter, no mínimo, 50% dos jovens nas universidades. Fora isso, o ensino médio não oferece cursos profissionalizantes para todos os alunos", avaliou Hauly.

A falta de incentivo à educação, no entanto, não se restringe à área de engenharia, muito menos ao ensino superior. A educação foi objeto de discussão do chamado "Portal do Planejamento", apresentado pelo Ministério do Planejamento na internet e retirado do ar um dia depois do lançamento. Pelo estudo, a qualidade da educação em todos os níveis é baixa e os alunos não têm domínio dos conteúdos.

O documento, com cerca de três mil páginas e que continha uma seção chamada "reflexões críticas", não registra avanços significativos nesta área e repete problemas já detectados em 2003. São eles: dificuldades de acesso, notadamente à educação infantil (creches) e ao ensino médio, baixa qualidade da educação, alta repetência, elevada evasão, entre outros.
DILMA INVENTA NÚMEROS

A precária situação da educação reflete-se na economia. Apesar disso, o governo brinca com os dados. Ao ser perguntada sobre o desemprego no mundo, a candidata oficial à Presidência, Dilma Rousseff (PT), deu números inválidos. 

Ela, que visitou recentemente países da Europa, afirmou: "Eu venho de uma viagem pela Europa. Sabem como estão a França, Portugal, Espanha e muitos países desenvolvidos?", questionou. Para soltar: "Eles hoje têm desemprego de 20%".

Os dados desmentem a candidata. A Reuters afirma que, nos 16 países da zona do euro, a taxa média de desemprego chegou a 10,1% em abril. O resultado, maior nível em 12 anos do bloco, leva em consideração a crise financeira enfrentada pela Europa.
O único país europeu, dos comentados pela ex-ministra, que experimenta uma taxa de desemprego em torno de 20% é a Espanha. A França tem uma taxa de desemprego de 10,2% e Portugal, 9,9%.

A Grécia, por exemplo, com toda dificuldade financeira enfrentada nos últimos tempos, teve taxa de desemprego de 11,7% no primeiro trimestre deste ano, máxima em 10 anos, segundo dados recentes da agência de estatísticas daquele país.

"A máxima da candidata e do seu partido (PT) é inventar números e criar factóides. Os petistas tratam tudo na base do achismo, sem verificar os fatos", condenou Hauly.
Fonte: Agência Tucan