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sábado, 4 de setembro de 2010

Oposição vai entrar com 2 ‘pedidos de investigação’

José Cruz/ABr

Conforme noticiado aqui, o alto comando da campanha de José Serra reuniu-se neste sábado (4), em São Paulo.

No encontro, lideranças do PSDB, DEM e PPS esboçaram a reação do comitê oposicionista ao caso da Receita.

Decidiu-se protocolar dois novos pedidos de investigação, ambos no Ministério Público Federal.

Num, vai-se requerer uma apuração de cunho eleitoral, para apurar se houve motivação política na quebra do sigilo fiscal de Verônica, a filha de Serra.

Noutro, o tucanato acusará Otacílio Cartaxo, secretário da Receira, e Antonio Carlos Costa D'Avila, corregedor do órgão, de improbidade administrativa.

Por quê? Para a oposição, a dupla age para obstruir a apuração do vazamento de dados sigilosos do fisco.

"O corregedor e o secretário estão acobertando os responsáveis por esse crime," disse, ao final da reunião, o senador Álvaro Dias (PSDB-PR).

Na prática, a oposição vai reiterar no Ministério Público pedidos que constavam da representação que protocolara no TSE e que o tribunal mandara ao arquivo.

Dias atribuiu a reiteração a "fatos novos". Entre eles o que chamou de "simulação de assalto" no diretório do PT em Mauá (SP).

Mencionou também a revelação de que o contador Antônio Carlos Atella Ferreira, o falso procurador que apalpou os dados fiscais de Verônica, filiara-se ao PT.

Segundo informação divulgada na véspera pelo TRE-SP, Antonio Carlos era filiado à legenda quando obteve, em setembro de 2009, declarações de IR da filha de Serra.

Também neste sábado, o presidente do PT-SP, Edinho Silva, disse que a filiação do personagem incômodo não chegou a se consumar.

Na versão de Edinho, o sobrenome de Antonio Carlos fora anotado no cadastro do diretório do PT de Mauá com a grafia incorreta: em vez de Atella, "Atelka".

Nos arquivos do TRE-SP, o personagem constou como filiado do PT até novembro de 2009, dois meses depois da retirada dos dados de Verônica Serra.

Na última quarta (1º), ocomitê petista de Mauá informou ter sido assaltado por homens armados. Teriam levado duas armas telefones celulares.

Álvaro Dias fustigou: "Foi um roubo simulado, roubaram a si próprios. Desapareceram com fichas de filiações para esconder quem as abonou. Foi queima de arquivo".

Como se vê, a depender do time de Serra, o caso da violação de sigilos fiscais continuará freqüentando o epicentro da campanha.