
A visita vai durar quatro dias –de 12 a 15 de abril. O filé da agenda será comercial. Haverá, porém, um momento para roer o osso.
Os organizadores da viagem informam que Dilma deve falar de direitos humanos numa conversa com o presidente chinês, Hu Jintao.
Não é um tema fácil para a China, país que frequenta a cena internacional como notório violador dos direitos fundamentais do ser humano.
É ainda mais difícil para a visitante apontar a sujeira no canto da sala de estar do anfitrião.
Confirmando-se a intenção, Dilma dará mais uma demonstração de que elegeu o tema dos direitos humanos como prioridade. Algo que a distancia de Lula.
Na semana passada, rompendo tradição de uma década, o Brasil votou a favor da abertura de uma investigação contra o Irã na ONU. A China disse “não”.
Em janeiro, Barack Obama abordara com Jintao o mesmo tema espinhoso que Dilma planeja realçar no mês que vem. Deu-se, porém, na Casa Branca, não em Pequim.
Nessa ocasião, Hu Jintao admitiu que há “muito a ser feito” na China. Mas disse que não cabe a nações estrangeiras ditar regras.