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quarta-feira, 9 de março de 2011

Dilma cria grupo para remodelar relação com China

Na bica de da primeira viagem oficial de Dilma Rousseff a Pequim, em abril, o governo criou um grupo para reestruturar as relações comerciais com a China.
Deve-se a iniciativa a uma ordem de Dilma aos ministros Antonio Patriota (Relações Exteriores) e Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio).
Alessandro Teixeira, secretário-executivo da pasta de Pimentel, disse que a ideia do governo é a de definir “uma estratégia especial” em relação à China.
Por quê? “A China hoje é um fator diferente. Produz qualquer produto com a metade do custo da média mundial...”
“...Então, isso é um problema para o Brasil e também para os outros países. Haverá setores que vão perder competitividade e podem ter problemas...”
“...É o caso de brinquedos, têxtil e vestuário. Só vamos conseguir ganhar mercado se nos especializarmos em nichos”.
A China é, hoje, a maior parceira comercial do Brasil. Em 2010, os negócios somaram US$ 56,3 bilhões (superávit de US$ 5,1 bilhões em favor do Brasil).
Houve um salto de US$ 20 bilhões em relação a 2009. O problema é que o grosso das exportações brasileiras (68%) resumem-se a minério de ferro e soja.
Os chineses, em contrapartida, despejam no Brasil produtos de alta tecnologia –30% são eletroeletrônicos, especialmente componentes de informática e telefonia.
Daí a preocupação do governo em empurrar a indústria nacional na direção da “especialização em nichos”. Não é coisa que ocorre do dia pra noite.