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sábado, 5 de março de 2011

Sem-teto na Cultura, Emir Sader é ‘alojado’ sob Lula

  Rafael Andrade/Folha
Privado de cruzar a porta da Casa de Rui Barbosa, o sociólogo petista Emir Sader encontrou abrigo sob um teto companheiro: o Instituto Lula.
Os repórteres Marcelo Bortoloti e Ana Paula Sousa informam, na Folha, que Sader será colaborador da entidade do ex-soberano.
Na bica de ser criado, o Instituto Lula será presidido pelo petista Paulo Okamoto, ex-presidente do Sebrae.
Sader tornou-se um ‘sem-teto cultural’ depois de ter qualificado a ministra Ana de Hollanda (Cultura) de “meio autista”.
Tinha planos ambiciosos para a ‘Casa de Rui’. Vinculada à pasta da Cultura, a entidade dedica-se, hoje, à preservação de acervos literários.
Sob Sader, viraria também um centro de debates sobre as realizações da Era Lula.
Defenestrado antes que sua nomeação fosse ao ‘Diário Oficial’, Sader disse que executaria o projeto noutras bandas.
Não se sabe, por ora, qual a serventia das rodas de debate de Sader. Mas o Instituto Lula lhe oferece palco mais adequado do que a pasta da Cultura.
Sader deve, de resto, replicar sua usina de reflexões pró-Lula no Laboratório de Políticas Públicas da Uerj (Universidade Estadual do Rio de Janeiro).
Sob Dilma, o Planalto cogita prover patrocínios de estatais à empreitada do sociólogo. Uma evidência de que Sader perdeu o cargo, não o prestígio.
A propósito, para o lugar que Sader quase ocupou na Casa de Rui Barbosa foi nomeado um amigo dele: o cientista político Wanderley Guilherme dos Santos.
Deve-se a escolha ao Planalto, não à ministra Ana de Hollanda. Ouvido, Wanderley elogiou Sader: "É e continua sendo um intelectual de muito respeito e estima".
Disse, porém, que dirigirá a ‘Casa de Rui’ sem desvirtuar-lhe as finalidades. A entidade "tem uma sólida reputação e um trabalho competente", declarou.