Sérgio Lima/Folha
Instalou-se nesta quarta (2) a comissão de Educação e Cultura da Câmara. Aplicado, o deputado Tiririca (PR-SP) acomodou-se na primeira fila.
Depois, disse que "deu pra entender legal" os trabalhos da comissão. Revelou a intenção de apresentar projetos relacionados ao circo.
Por quê? Para "aproveitar a comissão, pois tenho vivência como palhaço e sustentei seis filhos".
Perguntaram-lhe se utilizaria o humor como ferramenta de trabalho. E Tiririca:
"Humor é lá fora. Vocês confundem. O palhaço é lá, aqui tem até o negócio do decoro, né?".
Na véspera, Tiririca dissera ter enxergado “preconceito” nas críticas à presença dele na comissão de Educação.
O preconceito, disse ele, vem desde a campanha: "Existiu até para eu chegar aqui, mas foi o povo que me colocou aqui e a voz do povo é a voz de Deus".
De fato, de todos os pecados cometidos por Deus nas eleições de 2010, Tiririca parece ter sido o menor.
No circo do Legislativo, o talento do palhaço oferece à platéia enormes vantagens sobre outros talento$ que vicejam ao redor.
